A obesidade canina é cada vez mais comum não só no Brasil como em todo mundo. Quantas vezes nos deparamos com um cachorro gordinho passeando nas ruas com seus donos? Essa cena vem se tornando cada vez mais comum e a tendência é de que seja ainda mais nos próximos anos.
No Brasil estima-se que a população de cães acima do peso já totaliza mais 15 milhões, representando 30% da população total de cães. Os números nos Estados Unidos são ainda maiores, totalizando 44% de cães obesos. Uma pesquisa feita com veterinários americanos mostra que 80% deles acreditam que em menos de 5 anos existirão mais cães gordos do que cães saudáveis em todo mundo.
Muitos donos de cães não dão a devida importância a este assunto. Pensam que seu cachorro só está um pouquinho acima do peso, ou então até acham fofinhos e dão apelidos referentes a seu peso.
A verdade é que a obesidade canina é um dos principais fatores que podem vir a causar doenças graves que podem levar seu “fofinho” a morte, como câncer, diabetes, doenças cardíacas, além de na maioria dos casos gerar várias limitações físicas.
Ernie Ward, renomado veterinário americano, afirma que “é muito provável que nossos pets não vivam tanto tempo quanto suas gerações anteriores e ainda desenvolvam mais doenças devido ao aumento do número de cães obesos”.
Como identificar se seu cachorro está gordo (acima do peso) ou obeso?
Existem duas formas simples, fáceis e práticas de você identificar qual a atual situação do seu companheiro:
1 – Olhe-o de cima
A primeira delas é bem simples, para saber qual é a atual situação do seu peludinho, primeiro olhe-o de cima. Você deve conseguir ver uma linha suave de cintura logo após as costelas. Assim como mostra o terceiro cão da imagem abaixo.
O primeiro cão da imagem está muito abaixo do peso ideal, ele precisa ter uma alimentação mais regrada e nutritiva, de acordo com a prescrição de um veterinário.
O segundo cãozinho está um pouco mais leve do que seria considerado o peso ideal. Alguns ajustes na dieta e em sua rotina, visando ganhar um pouco mais de massa seria o ideal.
O terceiro é o cão com medidas ideais. É possível ver leve uma linha de cintura olhando de cima para baixo e as costelas não são tão aparentes quanto a dos dois primeiros cães.
Já o quarto cão tem um sobrepeso considerável, sendo considerado um cão gordo. Olhando de cima seu tronco é praticamente reto, sem nenhuma linda de cintura, que foi completamente preenchida com massa gorda.
Em um caso desse é preciso ficar atento aos alimentos que estão incluídos em sua rotina alimentar e direcionar um tempo para uma atividades físicas, como brincadeiras e passeios.
O último cachorro da imagem é considerado um cão obeso. Ele não possui nenhuma linha de cintura visível, tanto olhando de cima, como olhando de perfil. Nesse caso é importante que você leve seu fofinho a um veterinário. Pois o fato de ele já ser um cão obeso, pode ter desenvolvido alguma doença ou limitação que você pode não ter percebido.
Porém, com toda certeza será recomendado incluir ou aumentar, a prática de alguma atividade física, como brincadeiras e passeios regularmente, de forma moderada (aumentando a intensidade gradativamente) e uma reformulação na sua dieta.
Em qualquer uma dessas situações, é muito importante que você tenha o apoio de um profissional veterinário de confiança.
Nunca deixe que seu amiguinho chegue nesse estágio. Lembre-se um cachorro não fica obeso ou com sobrepeso do dia para noite. Se você perceber que ele está começando a ganhar uns quilinhos a mais, leve-o a um veterinário de confiança e siga suas orientações, fazendo ajustes na dieta e na rotina de exercícios.
2 – Apalpe
Outra maneira de você avaliar a situação do seu companheiro é apalpando seu tronco (na região das costelas) com uma certa pressão, sem exagerar na força. Você deve conseguir sentir suas costelas. Se ele estiver acima do peso você encontrará dificuldades para sentir as costelas ou então simplesmente não conseguirá sentir nada além de gordura.
Principais motivos de você ter um cachorro gordo.
1 – Dieta
Muitos tutores não tem muito tempo disponível para dedicar ao seus companheiros e acabam sentindo culpa por passar pouco tempo com eles, então tentam aliviar esse sentimento de culpa dando “guloseimas” para seus pets.
Essa é a pior forma possível de você tentar recompensar o tempo que seu pet passa sozinho. Ao invés de ajudá-lo, você está prejudicando sua saúde e diminuindo a expectativa de vida dele.
Um estudo americano, mostra que pelo menos 2 milhões de tutores dão guloseimas e alimentos com baixa qualidade nutricional e alto índice calórico pelo simples fato de seus pet “pedirem” enquanto os tutores estão comendo.
Ou seja, os cães estão ganhando gordura pois estão comendo “besteiras” demais, e seus corpos não estão gastando energia suficiente para queimar as calorias ingeridas.
Nós sabemos que as vezes é difícil negar um pedacinho de doce ou de algo que estamos comendo para nosso melhores amigos e eles ainda adoram comer coisas diferentes das quais ele está acostumado, como ração por exemplo.
Porém, existem outras formas de você oferecer uma comida diferente e que seu peludo com certeza irá gostar. Frutas e legumes por exemplo são uma ótima alternativa para essa situação. Veja aqui 10 frutas e legumes que cachorros podem comer.
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Como exercícios físicos podem ajudar seu cachorro a emagrecer.
2 – Atividade
Você já viu um cachorro de rua, ou então um cachorro de um morador de rua acima do peso? Provavelmente não. Isso porque eles estão sempre ativos, correndo, caminhando sempre ao lado de seus donos.
Como hoje existem muiiiitos cães que acabam passando a maior parte de dia dentro de casa ou então no quintal de casa, eles não são estimulados fisicamente, e assim como nós, quando eles não praticam atividades físicas, a energia que deveria ser gasta se transforma em gordura acumulada, gerando o sobrepeso.
Então dedique pelo menos 30 minutos de seus dias para fazer um bom passeio com seu peludo. Se sua rotina for muito corrida, conheça nosso serviço de Dog Walker, nós estamos aqui para te ajudar!
3 – Predisposição
Você pode estar se questionando “Mas eu passeio regularmente com meu cachorro, sigo as recomendações da embalagem da ração, e mesmo assim meu cachorro está gordo. Será que estou fazendo algo errado?”.
Você pode estar seguindo todas as recomendações, porém, assim como nós, os cães também tem individualidade biológica, e alguns podem ter uma tendência um pouco maior em ter um acúmulo de gordura mais expressivo. Essa predisposição é mais comum em algumas raças específicas, como dachshound (salsicha), pugs, beagle, labrador, boiadeiro australiano (conheça a história de Bluey, o Boiadeiro Australiano mais famoso da história) entre outros.
O que fazer para previnir um caso de obesidade canina?
A obesidade, em qualquer caso, seja em humanos, gatos ou cães, é uma doença que pode ser previnida. Então, melhor previnir do que remediar, não é mesmo? O combate a obesidade deve começar quando o cão é ainda filhote, através de uma dieta saudável e balanceada aliada a uma rotina de exercícios.
É claro que um filhote terá um pequeno acúmulo de gordura, isso é normal, porém esse acúmulo deve sumir gradativamente, de acordo com seu crescimento e desenvolvimento.
Como já foi mencionado no começo do texto, nenhum cão se torna obeso do dia para a noite, e perder esse excesso de gordura também não acontecerá em um passo de mágica. Seu companheiro precisará da sua ajuda e da colaboração de toda sua família principalmente com a dieta e evitar as “besteiras”.
O auxílio de um Dog Walker profissional com certeza também ajudará a trazer resultados mais rápidos. Todos nossos Anjos (profissionais da Pet Anjo) são treinados para conduzir um passeio que traga benefícios para a saúde física e mental do seu melhor amigo, sempre levando em consideração as especificidades de cada pet e aumentando a qualidade de vida dele.
Fonte: Pet Anjo