Muita atenção nessa hora: não é simples despachar um animal no avião e existem vários riscos! Fique atento ao seu pet: veja as restrições das companhias aéreas em relação ao transporte de animais. Cães e gatos de pequeno porte podem ser transportados na cabine dentro da caixa de transporte, mas cuidado com extravios, perdas e fugas!
Check-in e check-out: despachando animais de avião
Veja as regras para transportar animais de estimação de avião
A prática é tão frequente hoje em dia que companhias aéreas de países mais desenvolvidos têm até programas de milhagem para animais de estimação.
Todas as companhias exigem caixas de transporte de tamanho específico. ecomenda-se, ainda, que os animais estejam devidamente identificados (coleira com contatos) e que a caixa tenha suas portas reforçadas para evitar que abram e os pets se percam.
A caixa deve ser de tamanho suficiente para que o animal fique em pé dentro dela e consiga dar uma volta em torno do corpo. Essa regra não se aplica a, que contam com regime especial de transporte: soltos, ao pé do dono.
Consulte as tarifas adicionais e disponibilidade de voos com antecedência para não ser surpreendido. Em geral, são limitados a dois animais por voo e você deve checar alguns dias antes do embarque se está tudo ok com sua solicitação.
Recomenda-se um jejum alimentar de seis a oito horas antes do voo. Água pode ser oferecida até 3 horas antes da viagem. Essa é uma forma de evitar vômitos e enjoos durante o transporte.
A Azul e a Avianca permite que cães e gatos com até 5 kg viagem junto com o tutor, na cabine. Na TAM, são aceitos cães e gatos com até 10 kg. Esse peso corresponde ao total do peso do animal e da caixa de transporte, que pode pesar até 500 gramas.
Se o animal for acompanhar você na cabine, debaixo da sua cadeira, pode ser uma experiência desconfortável em voos longos. Viajar na classe executiva nem sempre é uma opção se for considerar os custos.
A GOL não permite o embarque na cabine: os animais viajam em um compartimento pressurizado.
Existem ainda algumas restrições: a GOL, por exemplo, não transporta espécies de focinho curto, como cães da raça Pug, Shih Tzu e Buldogue, ou gatos de raças como o Persa ou Himalaio. Trata-se de um cuidado por parte da companhia devido a dificuldades com animais dessas raças que são predispostos a problemas respiratórios. Com o confinamento e o estresse dentro da caixinha durante a viagem, podem passar mal e até morrer.
Em 2011, houve um caso envolvendo a morte de um cão da raça Pug que ficou 10 horas preso em um porão de um avião da companhia GOL por conta de um atraso. Outro caso foi de um cão que sumiu entre uma conexão de um voo da TAM entre Campo Grande e São Paulo.
Os riscos para a saúde e segurança dos animais nas viagens de avião
O problema das viagens de avião são os atrasos, variações na pressão atmosférica e na temperatura que podem colocar em risco a saúde do animal. Jamais devem ser embarcados animais com qualquer evidência de problema de saúde. O estresse pode colaborar para a piora de qualquer quadro pré-existente.
Cães que já tenham problemas respiratórios ou que sejam de raças com tendência a esse tipo de problema podem morrer devido ao estresse, por ficarem presos por muito tempo em um mesmo local. Ainda podem ter crises de hipertermia: quando a temperatura corporal aumenta excessivamente, condição que pode ser fatal.
Animais, após a viagem, podem ter diarreia e falta de apetite até a adaptação às novas condições. Se você pretende viajar com seu cãozinho ou gato, dê preferência aos voos curtos e diretos. Escolher um voo noturno pode ser uma boa opção, pois os aeroportos ficam menos cheios nesses horários. Evite os voos com muitas conexões, que podem aumentar o risco de perdas, principalmente se o animal estiver viajando em outro compartimento.
Em relação aos felinos, a atenção deve ser redobrada. Gatos normalmente são muito ariscos e, com o estresse, podem querer escapar das caixas de transporte. Nesses casos, dê preferência às companhias aéreas que permitam o transporte do animal na cabine para sua própria segurança. Se possível, coloque um pano em volta da caixinha para o gato não ficar tão estressado e cuidado para não fechar a saída de ar!
Quais são os requisitos para um pet viajar de avião?
Cães com menos de 8 semanas de vida não podem ser transportados
As exigências em relação aos atestados zoosanitários estão de acordo com o Decreto Federal nº 24548, de 1934. Em qualquer voo, será exigido o certificado de vacinação antirrábica. Essa exigência é para os animais com mais de três meses de idade. Essa vacina precisa ser aplicada entre 30 dias a um ano antes do embarque.
Filhotes que tenham menos de três meses de vida e que, portanto, não tenham tomado a primeira vacina, serão embarcados somente com autorização expressa do veterinário.
Ainda é necessário o atestado de saúde emitido pelo veterinário com antecedência (não espere fazê-lo no mesmo dia). A validade do atestado é de 10 dias a partir da data da emissão. E ainda no embarque, será necessário o preenchimento de formulário de responsabilidade pelo transporte do animal e o comparecimento do passageiro responsável pelo animal no check-in com maior antecedência.
Em casos de voos internacionais, consulte sempre a Unidade de Vigilância Agropecuária (UVAGO) do aeroporto onde o animal irá embarcar sobre outras exigências, que variam conforme o país de origem e destino.
Conforme for seu país de destino, verifique no Ministério da Agricultura sobre os pré-requisitos para entrada de animais domésticos. Por exemplo, a União Europeia e o Japão exigem microchip de identificação nos cães.
A quarentena pode ser exigida para o ingresso do animal em determinados países. Procure sempre informações nos consulados e no Ministério da Agricultura sobre as exigências para ingresso de animais: essas regras podem variar conforme ostatus sanitário do país de destino.
Lembre-se: viajar de avião pode ser extremamente cansativo e estressante ao cão ou gato. Considere os riscos antes. Vale lembrar, também, que é menos cansativo e traumatizante para o animal um voo de uma hora do que uma viagem de oito horas de carro. Atrasos com aviões ocorrem. Acidentes de carro também.