Uma recente pesquisa, publicada na revista Nature, busca entender por que os animais gostam de receber carinho. Nela, cientistas utilizaram ratos, estimulando-os em vários pontos de seus corpos enquanto monitoravam as atividades de seus neurônios. Assim, utilizaram um pincel, entre outros métodos, para cutucar e acariciar os ratinhos.
A pesquisa revelou a descoberta de grupos de neurônios sensoriais que eram desconhecidos pela ciência. Tais neurônios “enervam os folículos capilares”, ou seja, são responsáveis por sensações semelhantes a massagem em uma carícia, o que é prazeroso. Isso significa que eles não são acionados por nenhum outro modo senão o carinho.
Os pesquisadores suspeitam que tais sensores, ou versões similares a eles, existam nos seres humanos e na maioria dos animais peludos. E isso faz bastante sentido, já que animais com muitos pelos, como gatos e cachorros, parecem gostar bastante de carinho. Até existe uma pesquisa anterior, feita com humanos, que revela que um braço com mais pelos é mais sensível a uma carícia que um sem pelos ou com menos folículos capilares.
ENTÃO PELOS SÃO ESSENCIAIS?
Os cientistas ainda não sabem se a sensação de carícia seria perdida se os cabelos ou pelos caíssem. Uma vez que os neurônios estão conectados aos folículos, é possível que os pelos em si sejam desnecessários, assim como uma pessoa careca é capaz de desfrutar de uma massagem na cabeça tanto quanto alguém com muitos cabelos.
Também não se sabe com certeza o porquê de animais peludos possuírem tais neurônios especializados, mas os cientistas suspeitam que isso evoluiu de modo a promover a higiene e cuidados uns com os outros.
Mais pesquisas são necessárias para confirmar a presença de tais neurônios especializados em humanos. Entretanto, o prazer que sentimos ao acariciarmos bichinhos já dá uma boa ideia de qual será o resultado desses estudos.
Fonte: www.bolsademulher.com