O mercado de pets brasileiro é um dos maiores do mundo. São mais de 98 milhões de animais domésticos, o que coloca o país em quarto lugar em população total de bichos de estimação, de acordo com a Anfalpet (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação).
O gasto médio do brasileiro com seus animais foi de R$ 350 ao mês em 2011 – número bastante expressivo se comparado inclusive ao salário mínimo atual de R$ 678. Os dados também apontam para o crescimento do mercado de pets nos últimos anos. De acordo com a consultoria Gouvêa de Souza, a estimativa de gastos com pets em 2012 ficou na casa dos R$ 12,7 bilhões, um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior.
Estes índices demonstram a importância dos bichos de estimação para a indústria nacional e apontam oportunidades para o setor de turismo com pets. Neste contexto, é papel dos agentes de viagens saberem como orientar os clientes que desejam viajar com seus mascotes.
Confira a seguir as dicas para quem vai levar o pet em uma viagem de carro e auxilie os viajantes!
1. Leve seu bicho ao veterinário antes da viagem
O primeiro passo é levar o animal ao veterinário, para ter um acompanhamento profissional adequado. Ele deve atestar se o bicho está com boas condições de saúde e com as vacinas em dia – em especial a anti-rábica, que só é válida se tomada com no mínimo 30 dias antes da viagem e tem prazo de validade de 12 meses.
2. Acostume seu pet a passear de carro
Antes de embarcar para uma viagem mais longa, o animal de estimação deve estar acostumado a andar de carro. Leve seu bicho para passear de automóvel sempre que possível e lembre-se de não associar os passeios a situações estressantes, como a ida ao veterinário por exemplo. O bicho precisa se sentir confortável e confiante dentro do carro.
3. Evite os enjoos desnecessários
Alguns cachorros e gatos sentem enjoos com o balançar do veículo. Para evitar o desconforto, é recomendável oferecer uma refeição leve três horas antes da partida. Evite alimentar o animal durante a viagem e lembre-se de sempre mantê-lo hidratado. Caso seu bicho já tenha antecedentes de enjoo nas viagens, busque orientação do veterinário sobre a medicação adequada. Atenção: em hipótese alguma faça a automedicação do seu bicho de estimação.
4. Faça o transporte adequado do seu mascote
Transportar animais sem cinto de segurança no carro é proibido, conforme o Artigo 252, II, do Código de Trânsito. O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece que os bichos devem ser transportados de forma a não desviar a atenção do condutor do veículo, já que podem causar acidentes.
Além disso, alguns pets podem saltar para fora do automóvel em movimento quando as janelas estão abertas. Portanto, o transporte adequado faz parte tanto para sua segurança, quanto para a do seu animal.
Nas viagens ou passeios de automóvel, o pet deve viajar com cintos de segurança específicos para animais ou dentro de uma caixa de transporte. Neste caso, o bichinho já deve estar habituado com esta situação. Se o animal for filhote, a dica é acostumá-lo desde cedo com as caixas de transporte.
Vale lembrar que a caixa de transporte deve ser ventilada e estar de acordo com o porte do animal – ela deve permitir que o seu bicho de estimação consiga deitar, ficar em pé e dar uma volta em torno de si. Elas podem ser compradas em pet shops, sob a orientação de um veterinário.
5. Paradas de descanso a cada duas horas, no máximo
Os donos devem parar a cada duas horas para garantir o conforto do animal. Aproveite para dar uma volta com o bicho, sempre com coleira, e veja se ele precisa fazer suas necessidades ou tomar água. Também é indicado que seu animal tenha uma placa de identificação, com nome e telefone, caso ele venha a se perder. E atenção: jamais deixe seu animal sozinho dentro do carro, mesmo com a janela aberta, pois a hipertermia (aumento excessivo da temperatura corporal) pode levar o animal à morte.
6. Faça uma bagagem apropriada para seu bichinho
Não é só você que deve ter sua mala de viagem, o pet também precisa ter a bagagem dele com os produtos e objetos necessários aos seus cuidados. Nela devem conter o pote de água e comida, brinquedos, ração e guloseimas, remédios e roupinhas em caso de viagens para locais mais frios.
7. Viagem internacional pede cuidados especiais
Para viagens internacionais, solicite ao veterinário o Certificado Sanitário, que contêm dados como raça, nome do animal, origem (caso tenha pedigree) e carteira de vacinação. Também verifique a necessidade do CZI (Certificado Zoos Sanitário Internacional), emitido gratuitamente pelo Ministério da Agricultura e consulte o consulado do país de destino para saber se há outras exigências específicas.
Fonte: amadeus.1a.com.br